sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

30º CIOSP discutirá uso de células-tronco na Odontologia

O uso de células-tronco na regeneração de dentes, ossos e tecidos moles – que resulta na chamada ‘terceira dentição’ – vem chamando cada vez mais atenção da comunidade científica na área de Odontologia. Técnicas que há 15 ou 20 anos pareciam visionárias já estão se tornando aplicáveis e serão amplamente discutidas durante o 30° Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP), que acontece entre os dias 28 e 31 de janeiro, no Expo Center Norte, em SP. 


De acordo com Silvio Duailibi, um dos coordenadores do fórum que irá reunir profissionais estrangeiros e brasileiros com vasta experiência em terapias de células-tronco, a Odontologia é uma das áreas da Saúde que está mais próxima de recriar o natural com as técnicas da Engenharia Tecidual. 

“Os primeiros resultados positivos aconteceram há pouco mais de dez anos, quando construir um dente por inteiro a partir de células-tronco passou a ser uma realidade. Vale ressaltar que a Engenharia Tecidual trabalha com os conceitos da regeneração e não da reparação. Regenerar é construir novamente e não apenas reparar um dano”, diz Duailibi. 

Ainda hoje, de acordo com o cirurgião-dentista, a maioria dos tratamentos com células-tronco visa reparar o dano ou a função. “Num futuro próximo, teremos opções de regenerar a polpa. Portanto, a finalização do tratamento endodôntico não será reparativa, mas regenerativa. Com tecnologia de ponta, será possível fazer novamente os tecidos que foram danificados ou perdidos por trauma ou doença, de forma totalmente original, utilizando recursos biológicos naturais e não mais a utilização de recursos sintéticos dos materiais resinosos atualmente utilizados”. 


Medicina Regenerativa eliminará filas de espera dos transplantes 
A Medicina Regenerativa reúne as técnicas de Engenharia Tecidual com o uso de células-tronco e processos de biofabricação, visando à produção total ou parcial de órgãos e tecidos humanos em laboratório. “No futuro, não haverá mais fila de espera para transplantes de órgãos, já que órgãos e tecidos serão produzidos em laboratório”, diz Monica Duailibi – que também participa do fórum sobre o uso de células-tronco durante o 30° CIOSP. 

De acordo com a especialista, as células-tronco adultas estão presentes nos tecidos humanos de forma indiferenciada e ficam em “reservatórios latentes”. Quando o organismo necessita dessas células para uma reparação ou regeneração, elas se diferenciam. “Quando nos cortamos, por exemplo, o processo cicatricial solicita às células-tronco da pele sua reparação. Com outros tecidos, o processo é o mesmo. Portanto, as células-tronco acenam positivamente para novas terapias na área da Medicina Regenerativa”. 

Para a cirurgiã-dentista, tanto a Odontologia como a Medicina terão que se adaptar a novas terapias não-convencionais, quebrando paradigmas e buscando recursos do conhecimento em outras áreas, como Bioquímica, Engenharia de Materiais, Física etc. “Inovador por vocação, o Brasil vem despontando no cenário internacional com relação ao uso de células-tronco na Odontologia”. 

Fontes: Prof. Dra. Monica Duailibi e Prof. Dr. Silvio Duailibi, cirurgiões-dentistas que vão participar do Fórum sobre “Novas alternativas terapêuticas e a terceira dentição” – que acontece no próximo dia 29 (domingo), entre 12h e 19h, durante o 30° Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP), no Expo Center Norte – www.ciosp.com.br

Cárie Dentária

A cárie dentária pode ser definida como uma destruição localizada dos tecidos dentais causada pela ação das bactérias. A desmineralização dos tecidos dentais (esmalte, dentina ou cemento) é causada por ácidos, especialmente o ácido lático, produzido pela fermentação bacteriana dos carboidratos da dieta, geralmente a sacarose. A baixa do pH ocasiona dissolução do esmalte e transporte do cálcio e fosfato para o meio ambiente bucal.
É uma doença transmissível e infecciosa de origem bacteriana. As bactérias que se encontram normalmente na boca transformam os restos de alguns alimentos em ácidos; tais ácidos, (lático, acético, butírico, propiônico, etc) formados por um processo de fermentação, atacam os tecidos mineralizados do dente.
Sua ação se dá através da degradação de açúcares e sua transformação em ácidos que corroem a porção mineralizada dos dentes. O flúor juntamente com o cálcio e um açúcar, chamado xilitol agem inibindo esse processo; contudo, o flúor deve ser usado com moderação, devido a sua alta toxicidade. Além disso, quando não se escovam os dentes corretamente e neles se acumulam restos de alimentos, as bactérias que vivem na boca aderem-se aos dentes, formando a placa bacteriana ou biofilme. Na placa, elas transformam o açúcar dos restos de alimentos em ácido que, por sua vez, corrói o esmalte do dente formando uma cavidade, que é a cárie propriamente dita. Vale lembrar que a placa bacteriana se forma mesmo na ausência de ingestão de carboidratos fermentáveis, pois as bactérias possuem polissacarídeos intracelulares de reserva.
Do ponto de vista anatômico e microbiológico, existem vários tipos diferentes de cáries:
  • em depressão e fissura,
  • de superfície lisa,
  • da raiz e
  • na dentina profunda.
O processo de destruição do dente envolve dissolução da fase mineral, que consiste principalmente em cristais de hidroxiapatita, por ácidos orgânicos produzidos pela fermentação bacteriana.
A cárie é uma doença com pelo menos 500.000 anos de idade, como evidenciam os registros esqueléticos. Foi detectada em todos os povos, em todas as raças e em todas as épocas.
Na América, a cárie incide em cerca de 95% da população, incluindo os Estados Unidos, país considerado como de elevado padrão higiênico. Assim, a cárie dental constitui, inegavelmente, sério problema social.
Escovar corretamente os dentes, massageando as gengivas, usando pastas dentais com flúor após as refeições (se tiver alergia ao flúor, procure um creme dental com menos fluoreto, ou com outro tipo do composto, como o MFP ou o Fluoreto de Cálcio, ou ainda diminua a quantidade de creme.
Utilização de um fio dental
Use o fio dental após as refeições e, principalmente, antes de dormir. O fio dental remove os restos de comida e a placa bacteriana nos locais onde a escova não chega.
Evite o consumo freqüente de bebidas ou alimentos açucarados, principalmente aqueles que agridem os dentes, como os refrigerantes e bebidas alcoólicas; se o consumo excessivo de açúcar não puder ser evitado, procure fazer a profilaxia logo após as refeições, escovando os dentes de imediato.
Não escove os dentes logo após o consumo de refrigerantes: como os mesmos "retiram" o esmalte, a escovação pode acabar desgastando-os. Espere pelo menos 15 minutos. (Cuidado! o pH da placa começa a cair após 5 minutos da ingestão de sacarose).
Deve-se procurar o dentista ou o higienista oral pelo menos uma vez a cada 6 meses; este poderá detectar inícios de cáries e dar orientações quanto às técnicas de escovagem, uso de flúor, etc.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Laboratório de Odonto da USP é pioneiro no uso de imagens 3D

odonto3d

Especializado em interpretação de imagens volumétricas do complexo crânio-facial, o Laboratório de Imagens 3D da Faculdade de Odontologia da USP é, atualmente, referência nessa área de pesquisa. Fundado pelo professor Marcelo Cavalcanti, foi o primeiro laboratório brasileiro que se empenhou no estudo, na área da odontologia, das aplicações das imagens 3D, geradas em exames de tomografia computadorizada.
Os trabalhos ali desenvolvidos são relacionados às diferente técnicas de geração de imagens em 3D e à análise das imagens produzidas, mas não à realização das tomografias em si. Estas são obtidas de projetos e trabalhos de outros setores da FO que, em casos mais complexos, as enviam para o laboratório ajudar a interpretar.
Apesar de seguir, de forma ampla, os mesmos princípios da radiologia tradicional, a tomografia computadorizada difere da primeira em qualidade e técnica. Esta modalidade de exame é realizada após a exposição do paciente a uma sucessão de raios X, e as informações obtidas são posteriormente processadas por um software, que gera uma imagem tridimensional.
A principal vantagem da tomografia computadorizada sobre a radiologia tradicional é a precisão do diagnóstico, já que o exame pode apresentar uma noção espacial com a ajuda de softwares. “O cirurgião, por exemplo, pode dizer com mais precisão qual é o mal do paciente, e sabe muito melhor como proceder”, explica o professor Cavalcanti.
Tais qualidades fazem com que os exames tridimensionais tenham grande importância na área da saúde. Na odontologia, eles se mostram úteis em diversos campos, como a patologia, o diagnóstico bucal, a ortodontia, entre outros. Assim, o LABI 3D é atualmente um laboratório interdisciplinar, que reúne alunos e docentes de diversos departamentos da FO.
História
Tendo o ensino e a pesquisa como principais objetivos, o LABI 3D surgiu no início de 2001, resultado de um extenso estudo realizado pelo professor Cavalcanti na Universidade de Iowa – que até hoje desenvolve projetos em parceria com o laboratório. Pioneiro no Brasil na análise de tomografias computadorizadas, e ligado à disciplina de Radiologia do Departamento de Estomatologia da FO, o laboratório iniciou seus trabalhos com apenas seis colaboradores.
Precisão do diagnóstico é a principal vantagem da tomografia computadorizada
Atualmente, há mais de 30 participantes no projeto, entre graduandos e pós-graduandos da USP e de outras universidades. São ao todo sete linhas de pesquisa: Aplicação do protocolo vascular e ósseo para lesões patológicas – Diagnóstico e tratamento; Estudo qualitativo e quantitativo de lesões patológicas em 3D-TC utilizando a computação gráfica; Avaliação da tomografia computadorizada em diferenciação de cistos e tumores malignos e benignos – Estudo da sensibilidade e especificidade; Análise de anomalias crânio-facias em 3D-TC por meio da computação gráfica; Reconstrução em 3D-TC para a Odontologia Forense; Traumatologia crânio-facial utilizando workstation e reconstruções multiplanares e em 3D-TC; e 3D-CT for dental implants using volume rendering technique – A new approach.
LABI 3D desenvolve pesquisas sobre todos os tipos de tomografia computadorizada, entre elas a multislice (realizada com múltiplos detectores, permitindo rápido escaneamento e reconstrução de uma imagem com alta resolução) e a tomografia por feixe cônico (na qual é utilizado um tomógrafo com feixe de raios X cônico, ao invés de na forma de leque).Laboratório de Odonto da USP é pioneiro no uso de imagens 3D
Fonte: ODONTOSITES

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Frutas cítricas em excesso provocam cáries

dezembro 22, 2011

Uma das preocupações mais comuns das mães é que seus filhos comam mais frutas. Mas é preciso oferecer tipos variados às crianças, já que as frutas cítricas — laranja, limão, lima e bergamota, por exemplo — são alimentos ácidos e com alto teor de açúcar, favorecendo o aparecimento de cáries nos dentes.
— No início, os alimentos ácidos consumidos em excesso provocam uma erosão da capa externa do dente, o esmalte. Depois, nos pontos onde persistem acúmulos de açúcar, formam-se cáries — diz o cirurgião-dentista Marcelo Rezende, especialista em implantes dentários e e membro da Sociedade Brasileira.
Rezende explica que os ácidos das frutas cítricas enfraquecem os dentes e corroem o esmalte.
— Uma boca ácida é o melhor ambiente para o crescimento da população de bactérias. São cerca de 10 bilhões de bactérias por gota de saliva. Elas crescem e produzem ainda mais ácido em decorrência do ácido da fruta cítrica.
Mesmo que os cítricos ofereçam riscos quando ingeridos em grande quantidade, o especialista defende seu consumo.
— Só não devemos nos esquecer de providenciar uma excelente limpeza dos dentes após comer uma fruta ou tomar um suco de laranja, limão, abacaxi, tangerina, ou até mesmo de manga, que é bastante doce. Fazer bochechos com bastante água e escovar bem os dentes depois ainda é a melhor prevenção contra as cáries.
Refrigerantes ou suco?
Tem muita gente que pede um suco de laranja em vez de refrigerante. De acordo com o dentista Marcelo Rezende, a bebida mais indicada para acompanhar as refeições é água.
— Os refrigerantes também podem causar estragos sem volta. A ingestão dessas bebidas em grande quantidade, hábito tão comum entre os adolescentes, é uma das principais causas da erosão dental, podendo desencadear dor, sensibilidade exagerada e comprometer a aparência do paciente. A restauração do esmalte e da dentina é difícil e requer acompanhamento contínuo, além de ser um tratamento caro.
De acordo com o especialista, quando alguém quer substituir refrigerante por sucos, deve optar pelos feitos com uva, caju, carambola, pera e melancia.
— Se a pessoa não tem como escovar os dentes em seguida, vale a pena tomar um copo d’água ao final para retirar o excesso de açúcar da boca
Fonte:
Uma das preocupações mais comuns das mães é que seus filhos comam mais frutas. Mas é preciso oferecer tipos variados às crianças, já que as frutas cítricas — laranja, limão, lima e bergamota, por exemplo — são alimentos ácidos e com alto teor de açúcar, favorecendo o aparecimento de cáries nos dentes.
— No início, os alimentos ácidos consumidos em excesso provocam uma erosão da capa externa do dente, o esmalte. Depois, nos pontos onde persistem acúmulos de açúcar, formam-se cáries — diz o cirurgião-dentista Marcelo Rezende, especialista em implantes dentários e e membro da Sociedade Brasileira.
Rezende explica que os ácidos das frutas cítricas enfraquecem os dentes e corroem o esmalte.
— Uma boca ácida é o melhor ambiente para o crescimento da população de bactérias. São cerca de 10 bilhões de bactérias por gota de saliva. Elas crescem e produzem ainda mais ácido em decorrência do ácido da fruta cítrica.
Mesmo que os cítricos ofereçam riscos quando ingeridos em grande quantidade, o especialista defende seu consumo.
— Só não devemos nos esquecer de providenciar uma excelente limpeza dos dentes após comer uma fruta ou tomar um suco de laranja, limão, abacaxi, tangerina, ou até mesmo de manga, que é bastante doce. Fazer bochechos com bastante água e escovar bem os dentes depois ainda é a melhor prevenção contra as cáries.
Refrigerantes ou suco?
Tem muita gente que pede um suco de laranja em vez de refrigerante. De acordo com o dentista Marcelo Rezende, a bebida mais indicada para acompanhar as refeições é água.
— Os refrigerantes também podem causar estragos sem volta. A ingestão dessas bebidas em grande quantidade, hábito tão comum entre os adolescentes, é uma das principais causas da erosão dental, podendo desencadear dor, sensibilidade exagerada e comprometer a aparência do paciente. A restauração do esmalte e da dentina é difícil e requer acompanhamento contínuo, além de ser um tratamento caro.
De acordo com o especialista, quando alguém quer substituir refrigerante por sucos, deve optar pelos feitos com uva, caju, carambola, pera e melancia.
— Se a pessoa não tem como escovar os dentes em seguida, vale a pena tomar um copo d’água ao final para retirar o excesso de açúcar da boca

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Implantes Dentais Osseointegrados

MARTIN BECHSTEDT
Na década de 60 o prof. Branemark, trabalhando com materiais à base de titânio, notou que o organismo aceitava a presença deste mesmo titânio em sua proximidade, gerando uma adesão ao metal de maneira muito íntima, dando inicio a chamada era da osseointegração na implantodontia.

O que é um implante?
Consiste em um cilindro de titânio que se comporta como uma raiz dentária artificial. Apresenta rosca interna e externa. A externa é para aumentar a área de integração com o osso e a interna para suportar a futura prótese.

Qualquer pessoa pode fazer implante?
Os implantes dentários apresentam algumas limitações, tais como idade, anatomia e condições orgânicas do paciente. Idade: um implante só pode ser instalado em um paciente que apresente desenvolvimento esqueletal completo. Nos homens, a partir dos 18 anos e, nas mulheres, a idade mínima é por volta dos 17 anos. Quanto aos idosos, desde que o paciente apresente boas condições orgânicas, não existe contra-indicação. Anatomia: as melhores indicações são as regiões anteriores de pré-molar a pré-molar, na maxila e na mandíbula. Regiões mais posteriores sofrem restrições por apresentarem acidentes anatômicos que atrapalham a instalação de um implante; nesses casos, se não há altura e ou largura óssea suficiente, faz-se enxerto ósseo para, posteriormente, instalar o implante. Condições Orgânicas: o paciente deve apresentar condições orgânicas normais.

A cirurgia do implante é complicada? Dói?
Não !!! Simplesmente é uma cirurgia delicada. Delicada para o Cirurgião, não para o Paciente. É executada sob anestesia dentária local.

Quanto tempo dura o tratamento?
A osseointegração leva de 4 a 6 meses para se concretizar. Durante este período o paciente usará uma prótese estética e depois monta-se, sobre a raiz de titânio, um dente que restabelecerá a estética e a função, muito semelhante ao dente natural.

Onde estão indicados os implantes?
Na substituição de dentes unitários ou de grupos de dentes. Inclusive é indicado nos casos de dentaduras superiores e inferiores, onde se usa implantes para reter e estabilizar estas próteses.

Conclui-se que, com os implantes, a missão reabilitadora da Odontologia está plenamente consagrada e comprovada, tornando os pacientes satisfeitos, com sua confiança e auto-estima elevada, possibilitando a sua completa integração em ambiente exigente e cada vez mais competitivo.


Clareamento dentário

O clareamento dentário é uma técnica que se tornou muito popular nos últimos anos devido ao apelo estético por dentes brancos e bem alinhados. O fato que as pessoas desconhecem é que o clareamento é utilizado pelos dentistas há mais de cem anos. Em 1989, foi introduzida a técnica do clareamento caseiro, aquele feito com a moldeira, pelos Drs. Heywood e Heymann, usando o peróxido de carbamida a 10% como agente clareador à noite, em torno de quinze dias, dependendo do tipo de manchas a serem removidas. Essa técnica tornou-se muito popular devido à praticidade e à eficácia. Com o passar do tempo ela sofreu algumas adaptações como o uso de concentrações mais altas dos géis (15%, 16% e 20%) e o uso da moldeira durante o dia.

Atualmente, o clareamento de consultório, que é realizado pelo dentista, é uma alternativa para quem não quer se sujeitar ao uso das moldeiras e quer atingir resultados mais rapidamente, pois as concentrações de peróxido de hidrogênio são mais elevadas, 35% na maioria dos casos. Em geral são feitas duas consultas com três aplicações do gel por quinze minutos, mas isso não é uma regra, podendo ser flexibilizado: por exemplo, o paciente, por apresentar sensibilidade ou por cansaço, pode interromper na segunda aplicação o que, via de regra, acontece. Então fazer mais consultas com menos aplicações do gel é o mais adequado para esse paciente. A utilização de fontes luminosas é rotineira nesse tipo de clareamento, embora, alguns estudos mostrem que não há diferença no resultado final com e sem o seu uso, ainda assim, elas são, sem dúvidas nenhuma, grandes armas de marketing.

ENTÃO, QUAL TIPO EU DEVO FAZER?
Converse com o seu dentista e chegue a um plano de tratamento específico e adequado para você. O clareamento de consultório apresenta algumas vantagens, por exemplo, dispensa o uso de moldeiras, o tempo de tratamento é menor, e, em geral, a sensibilidade dentária é menor do que o caseiro, entretanto tem maior custo. Além disso, é possível combinar os dois tipos. Esse procedimento é comumente utilizado para motivar o paciente, pois são feitas uma a duas aplicações no consultório, o que permite um resultado instantâneo, e o tratamento continua com o uso da moldeira em casa.

COMO FUNCIONA O CLAREAMENTO?
O mecanismo clareador é um processo complexo que é alvo de inúmeros estudos. O clareamento basicamente funciona com uma reação de oxidação dos pigmentos do dente. Ou seja, os peróxidos do gel clareador que têm sua composição H2O2 são instáveis e liberam oxigênio na estrutura dental. Esse oxigênio vai oxidando os pigmentos amarelados, que são compostos, basicamente, por cadeias carbônicas insaturadas, tornando os pigmentos mais claros, que são compostos por cadeias saturadas com grupos hidroxila (OH), até fazer a quebra desses em gás carbônico e água. Um exemplo comum de oxidação é a lenha queimando na lareira. Quando algo é queimado, é rapidamente transformado em gás carbônico, água e calor. A diferença para o clareamento é a velocidade da reação, que é mais lenta e produz substâncias intermediárias mais claras até converter tudo em gás carbônico e água.

DEVO USAR PASTAS DE DENTE WHITENING DURANTE O CLAREAMENTO PARA ACELERÁ-LO?
Não. As pastas de dente que têm essa expressão whitening (branqueamento) na embalagem não têm o mesmo mecanismo de ação que os clareamentos de consultório e caseiro. Essas pastas contêm partículas abrasivas que removem a camada superficial do esmalte junto com as manchas mais superficiais. Com a remoção contínua de esmalte, devido ao uso prolongado, a dentina, que é a camada abaixo do esmalte e é mais amarelada, fica mais visível, deixando o dente, por conseguinte, mais amarelado. Durante o clareamento o esmalte pode ficar mais frágil contraindicando, ainda mais, o uso dessas pastas.

RESTAURAÇÕES E CLAREAMENTO
O clareamento é frequentemente combinado com outros procedimentos estéticos restauradores como restaurações de resina, facetas e coroas. O clareamento é sempre oferecido antes, pois é impossível clarear as facetas e as coroas após sua confecção. Um prazo de uma a duas semanas deve ser aguardado após o clareamento antes de começar o tratamento restaurador, pois os agentes clareadores liberam oxigênio no dente o que prejudica as colagens das restaurações, ou seja, elas podem falhar e “cair” com maior facilidadade.

Aguardando esse período para o oxigênio sair do dente, existe também outro ponto positivo que é a estabilização da cor do dente o que permite que as restaurações sejam mais parecidas com ele. Se você tem restaurações nos dentes de trás (posteriores), como os molares, não há necessidade de troca, a não ser que elas não estejam adequadas, ou que você seja muito exigente. Caso tenha restaurações nos dentes da frente, com o clareamento elas destoarão, e você deve mantê-las de uma a duas semanas para então fazer o trabalho definitivo. Entretanto, é possível fazer restaurações provisórias antes deste prazo, mas é recomendado aguardar no mínimo 24 horas após o término do clareamento. Essas são considerações gerais e caberá ao seu dentista tomar a conduta adequada para o seu caso.

PRODUTOS CLAREADORES OTC (OVER THE COUNTER)
A expressão over the counter drugs do inglês é utilizada para se referir a remédios que são vendidos sem prescrição médica. Ou seja, são aqueles que você acha nas prateleiras de qualquer farmácia, supermercado ou loja de conveniência. Logo, os produtos clareadores OTC também são facilmente encontrados e vendidos. Esses produtos, ao serem administrados sem cautela, podem causar problemas ao indivíduo como erosão do esmalte. Os produtos OTC contêm moldeiras pré-fabricadas que podem extravasar o gel (alguns de alta concentração) para a boca, podendo causar sensibilidade dentária e irritação gengival. Além disso, alguns deles vêm com pasta de dente clareadora que possui dióxido de titânio que é um pigmento branco e pode dar a aparência temporária de dente branqueado.

Fonte: ABC da Saúde - Escrito com a colaboração do Acadêmico Roger Corrêa de Barros Berthold (Graduando em Odontologia da FO/PUCRS)

A RESPIRAÇÃO BUCAL E AS DEFORMIDADES DENTO-FACIAIS

Atualmente, os problemas respiratórios na infância estão cada vez mais freqüentes; porém pouca gente sabe da relação desses problemas, principalmente nas crianças que respiram constantemente pela boca, com os problemas ortodônticos, a mal-oclusão dentária.
A respiração é, junto com a mastigação, um dos principais fatores que contribuem para o correto desenvolvimento dos ossos maxilares e, conseqüentemente, um correto posicionamento dos dentes.
Quando a criança passa a respirar pela boca, várias alterações começam a ocorrer: 
Passa a manter a boca aberta a maior parte do tempo
A língua passa a ficar mais baixa, junto ao assoalho da boca, em contato apenas com os dentes de baixo
A criança, para facilitar a respiração bucal, projeta a cabeça para a frente, esticando o pescoço, mudando a postura da coluna cervical
Essas alterações, junto com a inversão da passagem do ar (o ar passa a entrar e sair pela boca e não pelo nariz), aos poucos vão trazendo alterações para os ossos maxilares, para as arcadas dentárias e para o posicionamento correto dos dentes.
As principais alterações que vemos são: o céu da boca alto e estreito, as mordidas cruzadas (quando os dentes de cima encaixam por dentro e os de baixo por fora) que podem ser uni ou bilaterais, as mordidas abertas (quando os dentes da frente não se tocam, ficando um espaço entre eles), os apinhamentos dentários (pela falta de espaço os dentes ficam amontoados) e as retrusões mandibulares (falta de crescimento da mandíbula, o osso onde ficam os dentes de baixo, deixando um espaço horizontal grande entre os dentes anteriores de cima e os de baixo).
As causas principais do aparecimento da respiração bucal são as obstruções das vias aéreas superiores, e podem ser devido à: 
Obstruções nasais por alergias (Rinites e Rinossinusites)
Hipertrofia de cornetos
Desvio de septo
Adenóides aumentas
Amídalas aumentadas
A respiração bucal, hoje, pelo conjunto de sinais e sintomas associados a ela, é conhecida como a Síndrome do Respirador Bucal.
O respirador bucal além das características descritas acima ainda apresenta uma face característica, com:
Nariz estreito
Narinas afiladas
Lábio superior curto
Boca entreaberta
Olheiras acentuadas
Também pode apresentar baixo rendimento escolar, ser irriquieto, sonolento, apresentar cansaço intenso com pouco exercício físico, Ronca e baba a noite e é um forte candidaqto a apresentar apnéia do sono, ainda na infância.
É um problema sério, que envolve para o seu tratamento, vários profissionais. Em geral, o tratamento da respiração bucal envolve os médicos,principalmente o Otorrinolaringologista, que vai tratar as causas da obstrução nasal, o Ortodontista ou Ortopedista dos maxilares que vai atuar nas seqüelas bucais da respiração bucal, corrigindo os dentes e arcadas dentárias, bem como Fonoaudióloga e Fisioterapeuta.
Como toda alteração que envolve o crescimento e desenvolvimento dos ossos maxilares e arcadas dentárias, o tratamento ortodôntico das seqüelas da respiração bucal deve ser o mais precoce possível, mesmo enquanto a criança ainda tem os dentes de leite, para que essas alterações não se perpetuem durante o crescimento da criança, tornando mais difícil seu tratamento no futuro. 

A IMPORTÂNCIA DOS DENTES DE LEITE

Dentes
Tratamos os dentes decíduos, comumente chamados de dentes de leite para que a criança seja um adolescente e depois um adulto com a boca saudável, sem cáries, sem doenças gengivais e com uma boa mastigação, deglutição, fonação e estética.Os dentes de leite são importantes, pois preparam o caminho para a erupção dos dentes permanentes, servindo de guia para esses nascerem de forma correta. A perda prematura dos dentes decíduos, ou de leite, é considerada hoje em dia como um dos fatores de origem e desenvolvimento de uma articulação anormal dos dentes permanentes ou definitivos. Os dentes de leite começam a erupcionar por volta dos 4 a 6 meses, somam um total de 20 dentes e espera-se que aos 2 ou 2 anos e meio de idade todos os dentes de leite estejam em ação.
Os dentes de leite também têm cáries?
Sim. A cárie dentária é uma doença transmissível, causada pelas bactérias da placa bacteriana, que transformam os açucares da dieta alimentar em ácidos que atacam os dentes.
O que é a placa bacteriana?
É uma película viscosa, composta por bactérias, que adere aos dentes. A placa bacteriana produz ácidos que atacam os dentes e as gengivas.
É fundamental a orientação dos pais, sempre reforçada pelo pediatra, para criar e estimular hábitos saudáveis quanto à saúde bucal de seus filhos. Exemplos: frequência de escovação, hábitos alimentares, uso do fio dental, medidas preventivas e visitas regulares ao dentista.
Cáries
Dicas aos pais:
    * Até os 6 meses de idade, o ideal é uma alimentação exclusivamente com leite materno, o que retarda a ingestão de alimentos açucarados e a superalimentação.

    * Quanto mais tarde o contato da criança com o açúcar, melhor. Crianças com contato precoce com açúcar tendem a recusar alimentos mais saudáveis.

    * Os pais devem supervisionar a escovação das crianças ao menos 3 vezes ao dia (depois do café da manhã, do almoço e do jantar)

    * Um creme dental com gosto agradável pode facilitar o aprendizado com a escova, mas evite que a criança engula a pasta de dente.

    * Evite o consumo exagerado de balas, doces, chocolates fora de hora. É melhor oferecer como sobremesa, higienizando logo após.

    * A frequência com que ingerimos açúcar é mais prejudicial para os dentes do que a quantidade.

    * Não deixe de visitar o odontopediatra a cada 6 meses para tratamento preventivo, como flúor, selantes e reforço nas orientações de higiene bucal.

    * A própria mãe, muitas vezes, acaba passando a bactéria para a criança. Os pais não devem, por exemplo, soprar ou provar a comida do filho ou beijar a criança na boca.
É importante identificar quando o primeiro molar permanente aparece (por volta dos 6 anos de idade). Esse dente não é trocado como os dentes de leite, e a higienização bucal deve ser bastante efetiva para que esse dente permaneça na boca ao longo da vida desta criança. Se conseguirmos manter uma criança sem cáries, ela provavelmente nunca mais as terá, nem na adolescência, nem na idade adulta.
Podem ter certeza que seus filhos agradecerão!

Fonte: ABC da Saúde

CIENTISTAS ISOLAM BACTÉRIA QUE COMBATE O MAU HÁLITO


Bactéria "come" substâncias que causam mau hálito
Pesquisadores da universidade britânica Kings College dizem ter conseguido isolar um tipo de bactéria que pode acabar com o mau hálito. O experimento pode ajudar no desenvolvimento de tratamentos para combater não só o mau hálito como outros odores corporais, como o "chulé". As substâncias que causam o mau hálito são produzidas por aminoácidos que contêm enxofre.

Os cientistas isolaram as bactérias chamadas metilotróficas, que comem as substâncias que causam o odor bucal, da língua, das placas dentárias e da gengiva dos voluntários que participaram do estudo. Até agora, essas substâncias malcheirosas não eram consideradas um parte normal do ambiente microbiótico que existe dentro da boca.

Os cientistas do Kings College, no entanto, não viram diferença entre os tipos de bactéria encontrados na boca de voluntários saudáveis e daqueles que sofrem de periodontite, uma infecção na gengiva associada ao mau hálito. Os pesquisadores suspeitam que as pessoas que sofrem com o mau hálito tenham apenas níveis menores da bactéria que "consome" as substâncias que causam o odor.

Hábitos

Mas a cientista responsável pela pesquisa, Ann Wood, explicou à BBC que certos hábitos também podem aumentar as chances de uma pessoa ter mau hálito. "Má higiene oral leva à acumulação de matéria orgânica entre os dentes, cobrindo a língua com a deposição de placas. Tudo isso tende a aumentar o total de compostos (malcheirosos)".

A equipe britânica já havia demonstrado que existem bactérias metilotróficas nos pés - onde derivados do enxofre também podem causar odores desagradáveis. Ann Wood diz que pode ser possível desenvolver soluções bucais e pastas de dente que melhorem a atuação das bactérias metilotróficas.

As quantidades de bactérias bucais dependem de uma série de fatores, incluindo doenças da boca e do fígado e hábitos como alimentação e fumo. Phil Stemmer, da organização Fresh Breath Centre (Centro para o Hálito Fresco, em tradução livre), em Londres, disse que a teoria de Wood parece promissora.

fonte: BBC Brasil