quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Qualidade de Vida e Saúde Bucal


Fonte: Beatriz Pepe NOTÍCIAS Seguros


*Dra. Sandra Ossent
 
Muitas pessoas podem questionar: qual a relação da Odontologia com a Qualidade de Vida? A Qualidade de Vida está diretamente vinculada aos cuidados odontológicos. Não se pode “separar” a boca do corpo e cuidar somente do restante do organismo, pois muitos órgãos dependem, por exemplo, do bom funcionamento da mastigação. Assim, é impossível ser saudável “por completo” e pensar em qualidade de vida se não houver uma boa saúde bucal.  
 
Alguns problemas sistêmicos podem estar relacionados à saúde bucal e, muitas vezes, não são diagnosticados de forma rápida e eficaz. Por exemplo: se os alimentos não são mastigados de forma adequada, a digestão, que deveria se iniciar na boca, não começa da forma correta e, quando o alimento chega ao estômago, é necessário um maior esforço para digerir o alimento, o que significa uma maior liberação de ácido. Esse ácido em excesso pode comprometer as paredes que envolvem o órgão e provocar a gastrite, identificada por meio de dor ou ardor na região estomacal, o que reduz a qualidade de vida do indivíduo.
 
Outro exemplo importante está relacionado ao mau posicionamento dos dentes ou à falta deles. Estas situações podem provocar um desequilíbrio na mastigação e sobrecarregar a musculatura da face e do pescoço, provocando dor em toda a região da cabeça e pescoço. Estudos mostram, ainda, que a doença periodontal está diretamente relacionada com a endocardite bacteriana, uma doença cardiovascular.
 
Esses são apenas alguns exemplos da relação direta entre saúde bucal e bem-estar físico, que faz parte da Qualidade de Vida. Além disso, um dos fatores mais importantes quando falamos em Qualidade de Vida é o indivíduo sentir-se bem e aceito socialmente. Nesse caso, um sorriso bonito e saudável pode ajudar o desenvolvimento da autoconfiança e a facilitar a integração com a sociedade. 
 
Por isso, também é importante contar com um profissional de confiança, que possa orientar sobre hábitos saudáveis como: correta escovação, uso do fio dental, dieta, entre outras informações, além de apresentar soluções adequadas para cada caso e encaminhar para especialistas, quando necessário. 
 
As empresas devem considerar o papel da saúde bucal na qualidade de vida no momento de elaborar um pacote de benefícios, como fator gerador de produtividade, retenção de talentos e fidelização.
 
É importante lembrar também que as doenças da boca (cárie e doença periodontal) podem ser prevenidas por meio de medidas simples, como a correta higienização dos dentes, alimentação saudável e visitas periódicas ao dentista. Se os aspectos odontológicos não forem considerados, não teremos condições de dizer que um indivíduo é saudável, comprometendo sua qualidade de vida. 
 
*Dra. Sandra Ossent é coordenadora do Porto Seguro Odontológico

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Saúde física, alimentação saudável e saúde dental

Fique em forma para ter dentes saudáveis


A rotina de exercícios pode ajudar mais do que apenas sua cintura.

Pessoas que mantêm um peso saudável e têm altos níveis de aptidão física mostraram incidência mais baixa de doença gengival severa, de acordo com um estudo publicado na edição de agosto do Journal of Periodontology. Pesquisadores usaram o índice de massa corpórea e a porcentagem de gordura do corpo para registrar o peso e o consumo máximo de oxigênio como medidas de aptidão física, comparando ambos com os exames bucais dos indivíduos.

Aqueles com o IMC mais baixo e o nível mais alto de aptidão apresentaram índices significativamente mais baixos de doença gengival severa.

"O controle do peso e a aptidão física contribuem com a saúde geral e, agora, acreditamos que ficar em forma pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver doença gengival. Como a doença gengival está relacionada com outras doenças, como doença cardiovascular e diabetes, existem ainda mais razões para você se cuidar por meio da dieta e exercícios", diz dr. Samuel Low, reitor associado e professor de periodontia na Faculdade de Odontologia da Universidade da Flórida e presidente da Academia Americana de Periodontia.

A Associação Dental Americana diz que os seguintes fatores podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver doença gengival: o uso de tabaco para fumar ou mascar; diabetes, várias medicações como esteróides, drogas antiepilepsia e drogas para terapia do câncer; próteses mal adaptadas; dentes apinhados; restaurações defeituosas; gravidez ou uso de contraceptivos orais.

Os sinais de alarme incluem gengivas que sangram facilmente; gengivas vermelhas, inchadas ou sensíveis; gengivas que se afastaram dos dentes; mau hálito persistente ou gosto ruim na boca; dentes permanentes que estão frouxos ou se afastando; qualquer alteração na forma como os dentes se encaixam ao morder; qualquer alteração no encaixe de próteses parciais.

A ADA recomenda que os pacientes escovem os dentes duas vezes ao dia, limpem entre os dentes todos os dias com fio dental, ingiram dieta balanceada e visitem o dentista regularmente.

Bebidas energéticas e esportivas


Os dentistas, rotineiramente, alertam os pacientes sobre o consumo exagerado de refrigerantes, sucos e bebidas esportivas que carregam pouco ou nenhum valor nutritivo e causam prejuízo aos dentes.

Agora, a Academia Americana de Pediatria (AAP) está voltando sua atenção às bebidas energéticas e esportivas, afirmando que na maioria dos casos as crianças não precisam delas e que alguns produtos contêm substâncias que podem ser prejudiciais às crianças.

Primeiro, os coautores explicam as diferenças entre bebidas esportivas e bebidas energéticas. As esportivas – que contêm carboidratos, minerais, eletrólitos e aromatizantes – destinam-se a repor a água e os eletrólitos perdidos através da transpiração durante o exercício físico. Bebidas esportivas podem ser úteis para jovens atletas empenhados em atividades físicas prolongadas e vigorosas, mas, na maioria dos casos, são desnecessárias na quadra de esportes ou refeitório da escola.

“Para a maioria das crianças dedicadas à atividade física de rotina, a água pura é o melhor”, diz Holly J. Benjamin, M.D., membro do comitê executivo do Conselho de Medicina Esportiva e Aptidão Física da AAP e coautora do relato. “Bebidas esportivas contêm calorias adicionais das quais as crianças não necessitam e que podem contribuir com a obesidade e cárie dentária”, diz.  Segundo ela, “é melhor que as crianças bebam água durante e após os exercícios e ingiram a quantidade recomendada de sucos e leite desnatado com as refeições”. “As bebidas esportivas não são recomendadas como bebidas para acompanhar refeições.”

As bebidas energéticas contêm substâncias que não são encontradas nas esportivas e agem como estimulantes, como cafeína, guaraná e taurina.

A cafeína – de longe o estimulante mais popular – foi relacionada a diversos efeitos nocivos à saúde das crianças, incluindo os efeitos sobre o desenvolvimento dos sistemas neurológico e cardiovascular. “Bebidas energéticas nunca são apropriadas para crianças ou adolescentes”, diz Dr. Benjamin e a coautora Marcie Beth Schneider, M.D., membro do Comitê de Nutrição da AAP. Em geral, as bebidas contendo cafeína, o que inclui os refrigerantes, devem ser evitadas.

“Em muitos casos, é difícil dizer quanta cafeína existe num produto olhando-se o rótulo”, diz Dra. Schneider. “Algumas latas de bebidas energéticas podem conter mais de 500 mg de cafeína, o que equivale a 14 latas de refrigerante”.

De acordo com a AAP, crianças e adolescentes devem evitar (ou restringir) a ingestão de bebidas esportivas contendo carboidrato porque elas aumentam o risco de sobrepeso e obesidade e erosão dental. Água, e não bebidas esportivas, deve ser a fonte principal de hidratação para crianças e adolescentes.

“Existe muita confusão sobre bebidas esportivas e bebidas energéticas, e os adolescentes geralmente não têm conhecimento das diferenças entre esses produtos”, diz Dra. Schneider. “Algumas crianças estão bebendo bebidas energéticas – contendo grandes quantidades de cafeína – quando sua meta é simplesmente reidratar após o exercício. Isso significa que estão ingerindo grandes quantidades de cafeína e outros estimulantes, o que pode ser perigoso.”

O relatório, datado de 30 de maio e publicado na edição de junho da AAP, é chamado de “Bebidas Esportivas e Bebidas Energéticas para Crianças e Adolescentes: Elas são Apropriadas?”.

Dentistas compartilham uma preocupação com o foco central do artigo: o consumo exagerado de bebidas esportivas.

Alimentos que contêm açúcares de qualquer tipo podem contribuir com a cárie dentária. Quando os dentes não são limpos após a alimentação, as bactérias da placa presente na boca usam o açúcar para produzir ácidos que podem destruir a superfície dura do dente, chamada de esmalte. Após um período, ocorre a cárie dentária. Quando os dentes entram em contato frequente com refrigerantes, sucos de frutas, bebidas esportivas e bebidas com adição de açúcares, o risco de cárie aumenta.

A Associação Dental Americana não apenas lembra aos pacientes de restringir a ingestão dessas bebidas, mas também se opõe à “enxurrada de contratos” nas escolas que incluem a propaganda de produtos relacionados a refrigerantes e requerem que as escolas permitam uma campanha de marketing penetrante que pode influenciar os padrões de consumo.